Fiz um acordo comigo mesma.
Não vou mais me enganar nem me enrolar com conversinha fiada. Nada de meias palavras, meias verdades e muito menos ilusões inteiras.
Quero tudo as claras!
Eu sei do meu valor, sei o que eu mereço e não vou aceitar nada menos que a plenitude de dormir em paz e acordar sorrindo sem motivo especial.
Resolvi dar uma trégua a mim mesma e parar de me sabotar, mas impus uma condição: que eu me respeite, sempre!
Já era hora de botar um ponto final nessa história sem graça de “viver o momento”, e colocar reticências na possibilidade de viver feliz na minha companhia.
Chega de tentar justificar os erros dos outros, fingir que não percebeu a falta de respeito, engolir aquela falta de consideração pra não vomitar uma resposta mal criada. Não vou mais fazer de conta que não vi.
Trato é trato. Não vou quebrar o pacto de fidelidade a mim mesma, nem pensar em me passar a perna quando eu estiver distraída. E se tem uma coisa que eu preciso fazer, é me distrair... Passar um tempo só prestando atenção em mim mesma, valorizando meu sossego e meus sorrisos, sem tentar mudar coisas ou pessoas que não podem nem querem ser mudadas.
A gente se envolve em situações complicadas e muitas vezes desnecessárias, e vai se afundando mesmo sabendo que a parte rasa e a escadinha ficam do outro lado.
Entendi que tudo que vem na hora certa é bem aproveitado. O que vem antes do tempo pode ser negligenciado, e o que demora demais pode levar ao desinteresse. E tem coisas que simplesmente não acontecem.
O bom é que uma hora a luz se acende, a “luzcidez” volta e nos damos conta que estamos numa história que não é a que escolhemos pra nós. É hora de mudar de rumo, alterar a rota da viagem e seguir adiante.
Resolvi discutir a relação que tenho comigo mesma, exigir de mim mesma o amor que eu espero dos outros. Vou me ouvir mais, me entender mais, ser mais tolerante comigo e me amar como eu sou, afinal, vai ser muito difícil encontrar alguém como eu!
Falei pra mim mesma tudo que eu merecia ouvir. Não foi fácil, mas disse todas as verdades na minha cara, até aquelas coisas que a gente acha que não têm que ser ditas.
No final das contas, fiz as pazes comigo mesma. Prometi que vou melhorar, mas que eu não me pressione demais, as mudanças lentas costumam ser mais duradouras.
O importante é que me entendi comigo, voltei a ser leve, rir de mim mesma e pensar no futuro breve, no futuro á longo prazo e em tudo de bom que eu sei que está reservado pra mim.
Então fica combinado assim: vou seguindo minha vida do meu lado.
Feliz!