sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Christine


Se é sol que você quer, ela traz.
Se é luz que te falta, ela faz.

Se é paz que se precisa, ela procura.
Se é vida o necessário, ela cura.

Se é sonho que se espera, ela inventa.
Se é alegria que é bom, ela aumenta.
Se é música pra dançar, ela encara.
Se é baixo astral, ela pára.
Se hoje é o dia, ela vem.
Se amanhã é esperança, ela tem.
Se é pra se divertir, ela aparece.
Se é pra te apoiar, não esquece.
Se é pra brigar, ela é Leão.
Se é pra conversar, solução.
Sem bom humor tem cor, imagine.
Se amizade tem nome,
Christine.


Esse poema eu escrevi pra uma amiga muito especial...


Chris... apesar da distãncia, tô sempre por perto, viu?

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

O Cadáver do Rio

Nasceu puro e generoso,
abriu caminhos, gerou vidas e
acabou cercado de Marginais.
Tem gente que pára pra olhar,
outros reclamam do mau cheiro,
mas ninguém sabe explicar
tamanha crueldade.
Políticos prometem reação,
recuperação,
mas ele já não tem cor,
não tem vida.
Está morto e ninguém assume a culpa.
(Pra que culpado num país sem punição?)
Mais uma vítima do abandono,
mais um símbolo do descaso
agora apodrecendo a céu aberto.
Foi atropelado pelo egoísmo,
baleado pela ganância,
esfaqueado pela indiferença e
violentado pela ignorância.
Só falta ser homenageado com
banda, festa e uma placa:
“Aqui jaz o Rio Tietê,
bravo cidadão brasileiro
morto e sepultado
em nome do progresso.”

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Barco à Vela



Os dedos pelos fios do cabelo.
A mão, escorre pelas costas,
os lábios passeiam pela nuca,
o nariz pelo pescoço.
Braços se apertam,
pernas se enlaçam,
pés pisam nuvens.
Suor e saliva se misturam,
os olhos turvam,
os ouvidos calam.
A mente se perde,
o coração pula,
o sangue ferve.
Tudo se contrai e se dilata,
a alma explode!
A vida flui...
Músculos relaxam,
nervos se acalmam.

A luz volta e
a razão encontra
a pele de um corpo na
pele de outro corpo.
Barco à vela
de volta ao porto.