
Ando tão sem tempo,
tão sem espaço...
Esmagada pela agonia da pressa,
espremida pela falta de horizonte.
Viver aqui é como estar
num quarto sem janelas.
As luzes estão sempre acesas e
nunca se sabe se é dia ou noite.
Ar condicionado,
sem cheiro de flor ou maresia.
Plantas artificiais tão perfeitas!
Quase me enganam.
Realidade virtual,
informação vital,
vida brutal.
Não preciso ter acesso a tudo,
não faço questão de tanta rapidez,
nem gosto tanto assim de certas
facilidades da “vida moderna”.
Prefiro a simplicidade do
lápis, da lenha e da vela.
Aprendi a reconhecer a
segurança e o sabor que
só a maturidade dá.
Bom mesmo é casa com quintal,
jardim, bicho e... tempo.
Descansar a mente revolvendo a terra,
renovar a alma semeando a flor,
recriar a vida misturando amor.
3 comentários:
Belo blog! Um abraço de Santos.
Adorei o poema! Agora vou pegar a balsa e jantar no Perequê. Servida? Beijo
ha certos peixes que nao crescem pq o aquario que é pequeno... o teu aquario é o oceano
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